Da Ética para todos

O Homem-Ético realiza a sua felicidade,
segundo a missão cumprida.

Não serve a interesses subalternos,
ou que obscureçam a prova da verdade.

Não confunde os desvalores tornados comuns,
com a comum natureza humana.

Não se presta ao trabalho que lhe
empobreça a alma: o ganho sem mérito.

Não lhe afeta o aplauso,
mesmo que justo, senão quando injusto.

Não é ato morno, nem a exibição do rigor,
ou a neutralidade ambígua.

Não é induzido por coerção da lei,
mas por sentimento íntimo do Dever.

Não adere às grandes inverdades coletivas,
senão ao senso reto da razão.

Transcendente ao bem pessoal o
Homem-Ético é um cidadão universal.

O líder que ensina cumprir a Liberdade.
O predisposto co´ a moral dos escolhidos.
O pacifista co´ a justeza da igualdade.
O heróico de seus dons, sem lutas ou vencidos.
O sensitivo que medeia a equidade.
O Bem-Comum que vai aliando os divididos.
O evolucionário, quiçá, da humanidade!

Místico, o Homem-Ético é um perene
serviçal da perfectibilidade.

Estima para compreender o outro,
na mesma Essência de si próprio.

Harmoniza o seu “eu” menor, com o “Eu” comum,
em par com “EU” Supremo.

Reflete a Vontade Maior de seu destino,
pelo efêmero de seus planos.

Crê nos seus pendores com dívidas
providenciais do espírito, a resgatar.

Evita a falsa vitória sobre o desigual
e aceita a verdadeira, sobre si mesmo.

Recria sempre a bondade da Ética,
a que não se corrompa a sua substância.

Vigia esses bens, para que, no desamor,
não advenha a acústica do mal.

Bruno Pedro Andreucci
Junho de 1993